sábado, 25 de dezembro de 2010

Ser terceiro

Como voces podem ver, meus dois amigos me abandonaram e por fim ficou um colorado falando (ou escrevendo) sózinho! Na verdade, não tem mais muito a dizer. O Newton, criador desse blog,tem de decidir o que fazer com ele. Se fosse eu o pai da criança,
pensava num título pro Blog do Japão, pois não existe possibilidade do Inter não estar lá. Vamos curar nossas feridas e voltar mais fortes. Alguns acham que não começamos bem...contratando o CR. Mas se não fosse ele a gente não seria o terceiro melhor clube do mundo! Quiçá nem teríamos ganho a Libertadores. Essa mania de primeiro é que nos faz reféns dos torcedores xaropes do outro time. Pense bem: sei lá quantos times profissionais existem pelo mundo.Milhares certamente, e nós somos os terceiros!!! Parece pouco, mas não é. Prá quem pensa que é pouco ser terceiro, pense melhor. Certamente é melhor ser terceiro do que nem mesmo participar, como o outro time. Até o Japão!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre vitórias e derrotas

A maior prova de coragem é suportar as derrotas sem perder o ânimo. É assim que sentimos a torcida colorada no sábado contra a Coréia. Winston Churchill dizia " o sucesso consiste em ir de derrota em derrota sem perder o entusiasmo". Willian Shakespeare dizia "que as nossas dúvidas são traiçoeiras e nos fazem perder o bem que poderíamos ganhar, se não fosse o mêdo de tentar"
Hoje chegamos de Abu Dhabi depois de 30 horas entre voos cancelados e espera nos aeroportos. Como o tempo não pára, por um lado esse cansaço (sem a taça) causa muita frustração. Por outro sabemos que estamos 30 horas mais perto do Japão/2011. As vitórias e as derrotas ajudam o Inter a crescer e ficar mais forte dentro de cada um de nós. Embora a derrota tenha um sabor amargo e doa muito, o prazer da vitória é colorido, supera as frustações e fortalece nossa alma colorada.

O T.P. Mazembe provou que o triunfo pertence a quem se atreve!

Vâmo, vâmo Inter com atrevimento para muitas vitórias e algumas derrotas em 2011.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Reza, areia, rally e camelos

Hoje eu e o Luís saímos para caminhar lá pelas 11:30h tentando encontrar alguma loja de souvenirs ou de camisetas aberta, dado que toda sexta-feira é dia de oração e o comércio abre após as 15h. A cidade estava praticamente parada, como nos domingos no Brasil, com poucas lojas abertas, principalmente as de roupas populares. Fomos para o centro da cidade, local onde os indianos e paquistaneses frequentam em sua maioria, e onde os artigos realmente são baratos. Caminhamos cerca de 30 minutos olhando lojas, batendo fotos... até que próximo ao meio dia percebemos o fechamento as pressas das lojas, apagando luzes mesmo com clientes dentro. Chegava o momento da hora da reza, um grande volume de pessoas saídas de lojas, prédios comerciais e restaurantes, se dirigiram para frente de uma mesquita onde após colocarem seu pequeno tapete no chão, se ajoelharam em direção da mesquita durante uns 15 minutos. De repente, tudo voltou ao normal e as centenas de pessoas retornaram aos aos locais de origem.
Todos esses dias em Abu Dhabi e Dubai e não havíamos percebido que apesar da grande liberalidade de comportamento permitida, a religião é muito forte e os habitantes de Abu Dhabi, mesmo estrangeiros de outras regiões muçulmanas, a praticam como um compromisso. Os filmes americanos exageram a nossa impressão de que os muçulmanos são violentos, intolerantes ou desrespeitosos com o mundo ocidental, mas não é essa nossa percepção.







O povo de Abu Dhabi, mesmo que não tenhamos encontrado ninguém nascido em Abu Dhabi (todo mundo veio do Paquistão, Nepal, Índia e Filipinas), gosta muito que tentemos entender sua cultura, como nosso amigo acidental Shezad Saleem, paquistanês (foto abaixo) que nos parou na rua para perguntar de onde viemos, se gostamos do lugar, fazendo questão de garantir que não deixássemos de visitar Dubai e a Corniche. Ficamos uns 10 minutos conversando com ele, um grande fã de Cricket e um cara muito simpático e educado.


Na foto, Shezad Saleem e o seu amigo.




A tarde saímos para uma Escapada ao Deserto, um programa de 5 horas com um rally radical nas "dunas" de 4x4, visita a um acampamento beduíno, bem para turista ver, com coca-cola, churrasquinho de gato, passeio de camelo e show de dança do ventre (ao som de hits techno do mundo árabe). No rally, a camionete 4x4 pilotada por um rapaz com cara de uns 16 anos e com o seus fluentes, "no pobrem", "wait" e " photo" descemos as dunas de lado, com som alto e assustados. Umas 30 camionetes vão em comboio e a preocupação do piloto em não ficar atolado e sozinho no deserto é evidente.

 










P.S. Não conseguimos levar o Beto Ody para andar de camelo, confesso que tentamos.

Costumes e velocidade

Ontem aproveitamos para conhecer a Sheik Zayed Mosque, a maior e mais moderna mesquita de Abu Dhabi. Tudo aqui leva o nome do Sheik. Estádios Mohammed Bin Zayed e Sheik Zayed Sports Center, Sheik Zayed Road e a mesquita...

Na mesquita, homens não entram de bermudas e as mulheres só entram com roupas locais pretas. Para os turistas há empréstimos de roupas, brancas para os homens e obviamente pretas para as mulheres. A mesquita impressiona pelo tamanho e pela clara intenção de seu uso como ferramenta de marketing do local, da religião e da administração de Abu Dhabi, onde, apesar de um local religioso, até o meio-dia é possivel entrar no pátio de camisa do Inter, de bermudas, gritando, de boné, tirando fotos... as únicas restrições são para entrar no local de orações, mesmo assim é permitido conversar e fotografar.

Na entrada encontramos uma mulher que gritava "no pictures here" ëxigindo que não fotografássemos. Depois de muita conversa, fizemos amizade e registramos o momentos.










À tarde fomos ao Ferrari World, parque temático da Ferrari com diversas atrações, com destaque para a montanha russa mais rápida do mundo.




 Meus amigos corajosos, Beto e Luís andaram na montanha russa mais veloz do mundo (de 0 a 240km/h em 5,8s) e eu andei na segunda mais rápida de Abu Dhabi, para demonstrar minha coragem.


Paixão, razão e emoção


Como vcs já viram o principal objetivo (pelo menos até amanhã) tornou-se secundário para a nação colorada que atravessou o mundo. Eu vim aqui para ser campeão, andar na montanha russa mais veloz do mundo (no parque da Ferrari) e ir no Gold Souk comprar um presente pra minha amada. Movido pela paixão: time, velocidade e minha amada, óbvio que não nessa ordem.

Assim como falou Vinícius “que seja eterno enquanto dure”; como não existe mal que não passa, nem bem que seja eterno a razão voltou a reinar no Emirado do Khalifa bin Zayed. As perguntas que não querem calar e respostas que ninguém sabe responder – tipo: por que o Alecsandro continua no Inter (e jogando sempre mal), por que diabos o Renan continua não pegando nada (e no time), por que o Sobis não meteu o pé na bola ao invés de fazer bonito, por que o Roth tirou Tinga e Sobis e deixou só um atacante (quando precisávamos de onze)...

Por isso é melhor para todos colorados ficarmos com a nossa paixão e tentando administrar a emoção. A paixão nos trouxe até aqui. Felicidade e tristeza andam de mãos dadas, separadas apenas por uma linha muito tênue que acredito que seja a tal da emoção. A felicidade da entrada do estádio, o vâmo, vâmo Inter! e a tristeza do gol (dos outros) é um “roller coaster” que só sentem aqueles que realmente amam o Inter e que vão estar juntos outra vez nesse sábado: com nossas bandeiras, nossas camisas vermelhas (sem a cachaça na mão) jogando contra nem sei quem, mas com a certeza que vamos ganhar! Dane-se a razão.









quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Dubai


Hoje pela manhã, saímos cedo para Dubai. O Concierge do hotel nos ajudou e conseguiu uma van que ficou disponível dez horas para que pudéssemos conhecer a cidade. Dubai fica 150km de Abu Dhabi e é uma cidade onde o mundo ocidental está mais presente ainda do que Abu Dhabi. Além disso, Dubai impressiona pelas atrações que existem e estão sendo criadas para que se torne um pólo turístico mundial. Hoje, passamos por uma rampa de esqui (neve), visitamos a Palm Jumeriah (uma ilha criada em forma de palmeira), o Burj Al Arab (conhecido como o hotel mais luxuoso do mundo) e passamos pelo Burj Khalifa, o maior prédio do mundo atualmente (segundo informações locais).

Palm Jumeriah


Jumeriah Beach Hotel e o Burj Al Arab


Dubai não é só modernidade e investimentos faraônicos para atração de turistas. Passeamos de Abra, pequenas embarcações de transporte público para que o pessoal local cruze o Creek (trecho de água salgada que corta boa parte dos bairros de Deira e Bur Dubai. O passeio impressiona, criando a possibilidade de entender a parte da cidade que não é criada para o turista, desde os barcos precários de madeira que trabalham no transportes de mercadorias para o Irã, com as mercadorias empilhadas no cais, imensos prédios comerciais, hotéis, iates, lojas e "estações" onde as pessoas embarcam no Abra. Por 1 DHR (R$0,50) é possível cruzar o rio de uma estação a outra.



Cada travessia é paga e nosso motorista quando percebeu que nós seríamos os únicos que seguiríamos no barco (Abra) para atravessarmos todo o Creek, tratou de oferecer uma promoção especial, 100 DHR (R$ 50,00) para ficarmos com o Abra sem pararmos nas estações, irmos até onde possível no Creek e retornarmos a estação principal. O debate foi impressionante, dado que nós não falamos uma palavra em árabe e ele só fala os números em inglês. Outro grande aprendizado daqui é que quando alguém quer comprar algo e alguém quer vender, diferença de língua e cultura não é problema.



Depois do passeio de Abra, paramos em um restaurante de comida persa (salada com hortelã e anis, algo tipo um sauer cream para tungar o pão, 3 tipos de arroz e vários cortes de cordeiro). Coisa de sustância, que engrossa a perna.

 No final, uma passeada no Golden Souk, 250 lojas que só vendem ouro e diamantes e nenhum segurança e no Textile Souk uma região com uma série de lojas de tecidos e lenços, nas quais em português seria difícil comprar (dado que não sabemos bem as diferenças entre crepe, seda, dentre outros em inglês que não lembramos agora). 

Quem pergunta o que quer...  - perguntei a um vendedor de ouro se não tinha risco de assalto para quem compra ou para as lojas. Ele não entendeu muito bem (acho que ele nunca ouviu falar em ladrão) e me disse: "às vezes algum turista põe um anel no dedo e some, fora isso nada..."  


Visite Dubai e Abu Dhabi!!! Amanhã, Ferrari World.

Inter, estaremos contigo...

O jogo de ontem dispensa comentários, salvo que podemos trocar o letreiro do Beira-Rio para " A maior e melhor torcida do mundo".

Seguem as fotos:






terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Abu Dhabi

Chegamos ontem pela manhã em Abu Dhabi e embora as informações anteriores desencontradas sobre uma grande rigidez de costumes e um rigor no processo de imigração, o que verificamos aqui foi um emirado (Abu Dhabi é a capital de um dos Emirados Árabes) de pessoas bastante educadas e prestativas, embora reservadas.


Aproveitamos o dia para descansar um pouco na beira da praia exclusiva e da piscina do nosso hotel, o Le Meridien. Esta praia não possui grandes belezas naturais, mas quebra um galho para quem não vê uma cama faz tempo. Depois de descansar, saímos para o Abu Dhabi Mall (shopping anexo ao Hotel Rotana Beach, onde o Inter está hospedado) e para a praia pública, um grande complexo urbanizado ladeada (expressão gaudéria) de uma grande avenida chamada Corniche Road.


No shopping, iniciamos a conhecer diferenças culturais relevantes. O shopping, com grande volume de joalherias, bancas de venda de pequenos tapetes e lojas bastante conhecidas, como por exemplo a Zara, é frequentado por turistas, pessoas locais com vestimentas tradicionais (homens e mulheres), mas também por pessoas locais que possuem o costume de vestir-se como no ocidente. Não se vê casais abraçados, paqueras, gritos e, além disso, o movimento estava bastante baixo. Antes de saírmos ao shopping, pegamos orientação com profissionais do hotel se poderíamos ir de bermuda, de mangas curtas e parece que, salvo nas mesquitas, o traje é livre. Segundo o segurança do hotel, só não pode mulher de biquini fora da praia. No shopping, a única foto que batemos no shopping foi com o Clemer, já postada.



Saindo para a praia pública na Corniche Road, encontramos uma praia com um grande calçadão de lazer anexo, com ciclovias, com estruturas para abrigar os frequentadores na sombra se necessário, bares e lancherias a cada 50m, tudo isso com bastante arborização. Aprendemos hoje, que a praia tem uma parte para que as pessoas em geral a frequentem e outra para as famílias (Family Beach) onde os pais, mães e crianças só são rodeados por outras famílias ficando isolados do restante.






Depois da praia, fomos até o Emirates Palace, hotel de Abu Dhabi feito para competir com o Burj de Dubai.


Em Abu Dhabi, para onde se olha aparece alguém de camisa do Inter.


É hoje!!!!!!!!!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Paixão Colorada



Meus queridos amigos Newton e Luis, companheiros de viagem e de convivência estavam me cobrando que eu não tinha escrito nada no nosso blog. Então pensei em fazer um pequeno comentário sobre aquilo que todos nós colorados já conhecemos: a inexplicável emoção de torcer para nosso Inter. Estamos aqui em Abu Dhabi, do outro lado do mundo nas ruas e com a sensação de estar dentro do Beira Rio...isso mesmo: “nunca antes na história desse país” vimos tantos colorados juntos fora do Beira Rio. E todos parecem velhos conhecidos... Aqui de fora dá para sentir (ou imaginar) o que aqueles onze estarão sentindo lá dentro amanhã na hora do jogo, empurrados de pertinho por nós 6,7ou 8 mil que estamos aqui somados aos colorados que ficaram pelo mundo. Não tem volta...Inter Bi Campeão Mundial!!!


Um abraço aos amigos colorados na foto acima, de Rio Pardo, Caçapava do Sul e Garopaba (SC).

UM CAMPEÃO DO MUNDO




Nosso hotel fica a 50 metros do hotel que o Inter está hospedado. Fomos ao shopping (que anexo ao hotel do Inter) e para nossa felicidade encontramos...
...Não podia ser diferentes, pedimos para tirar uma foto com o nosso ídolo.

Colorado, colorado... nada vai nos separar... somos todos teus seguidores...

Nem as 8h de espera em Roma, nem o frio e a neve na frente do aeroporto de Munique...nada vai nos separar do Internacional!!!



domingo, 12 de dezembro de 2010