sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Reza, areia, rally e camelos

Hoje eu e o Luís saímos para caminhar lá pelas 11:30h tentando encontrar alguma loja de souvenirs ou de camisetas aberta, dado que toda sexta-feira é dia de oração e o comércio abre após as 15h. A cidade estava praticamente parada, como nos domingos no Brasil, com poucas lojas abertas, principalmente as de roupas populares. Fomos para o centro da cidade, local onde os indianos e paquistaneses frequentam em sua maioria, e onde os artigos realmente são baratos. Caminhamos cerca de 30 minutos olhando lojas, batendo fotos... até que próximo ao meio dia percebemos o fechamento as pressas das lojas, apagando luzes mesmo com clientes dentro. Chegava o momento da hora da reza, um grande volume de pessoas saídas de lojas, prédios comerciais e restaurantes, se dirigiram para frente de uma mesquita onde após colocarem seu pequeno tapete no chão, se ajoelharam em direção da mesquita durante uns 15 minutos. De repente, tudo voltou ao normal e as centenas de pessoas retornaram aos aos locais de origem.
Todos esses dias em Abu Dhabi e Dubai e não havíamos percebido que apesar da grande liberalidade de comportamento permitida, a religião é muito forte e os habitantes de Abu Dhabi, mesmo estrangeiros de outras regiões muçulmanas, a praticam como um compromisso. Os filmes americanos exageram a nossa impressão de que os muçulmanos são violentos, intolerantes ou desrespeitosos com o mundo ocidental, mas não é essa nossa percepção.







O povo de Abu Dhabi, mesmo que não tenhamos encontrado ninguém nascido em Abu Dhabi (todo mundo veio do Paquistão, Nepal, Índia e Filipinas), gosta muito que tentemos entender sua cultura, como nosso amigo acidental Shezad Saleem, paquistanês (foto abaixo) que nos parou na rua para perguntar de onde viemos, se gostamos do lugar, fazendo questão de garantir que não deixássemos de visitar Dubai e a Corniche. Ficamos uns 10 minutos conversando com ele, um grande fã de Cricket e um cara muito simpático e educado.


Na foto, Shezad Saleem e o seu amigo.




A tarde saímos para uma Escapada ao Deserto, um programa de 5 horas com um rally radical nas "dunas" de 4x4, visita a um acampamento beduíno, bem para turista ver, com coca-cola, churrasquinho de gato, passeio de camelo e show de dança do ventre (ao som de hits techno do mundo árabe). No rally, a camionete 4x4 pilotada por um rapaz com cara de uns 16 anos e com o seus fluentes, "no pobrem", "wait" e " photo" descemos as dunas de lado, com som alto e assustados. Umas 30 camionetes vão em comboio e a preocupação do piloto em não ficar atolado e sozinho no deserto é evidente.

 










P.S. Não conseguimos levar o Beto Ody para andar de camelo, confesso que tentamos.

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